quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mestre Jesus no Evangelho de João

(…) Não poderíamos, entretanto, esgotar todo o signi­ficado de Sua vida e de Suas palavras em sua coerência perfeita. Portanto, delimitamos seis perícopes joaninas que evidenciam a práxis de Jesus como ensinamento para a comunidade cristã, como uma tentativa de obedecê-l’O quando diz “Vinde e vede” e, assim, podermos participar do Seu caminho, possibilitando com isso um encontro pessoal com este Mestre cuja, vida se revela no seguimento efetivado pela Sua comunidade. A Igreja como missionária do Mestre Ressuscitado, em contínuo exercício de discipulado, agora faz ecoar no mundo o seu testemunho com a força de quem por aquele Mestre foi enviada. Tal como foram e­ficazes a Palavra e a práxis de Jesus na Igreja nascente, também agora cada batizado, enquanto discípulo cristão, no tempo em que vive, reconhece-se como membro da mesma comunidade de seguidores, que por sua vez tende a viver a mesma práxis do Mestre Jesus.

Sobre o autor
Religioso sacerdote, Padre Carlos César de Sousa pertence ao Instituto Religioso Nova Jerusalém, cujo carisma é o estudo aprofundado e contínuo da Sagrada Escritura. Com formação ­ filosófica, é bacharel em teologia e mestre em Teologia Sistemática na área de Bíblia pela FAJE (Faculdade Jesuíta de Filoso­ a e Teologia – BH). Autor de dois livros: “Ministério de música: um serviço de frente” e “Vou levar-te ao deserto e falar-te ao coração”. Conheceu a Renovação Carismática Católica no ano de 1988 e, a partir daí ,serviu por vários anos no seu engajamento pastoral, especialmente no ministério de música da Comunidade Carismas, em Teresina/PI. Através da RCC ingressou no Instituto Religioso Nova Jerusalém, do qual faz parte. Tem assumido sua vocação religiosa dedicando-se à evangelização através da formação bíblica e da música. Já gravou dois CDs: “Amor de Pai” (2000) e “Títulos de Honra” (2003) e tem pregado retiros e encontros voltados para uma formação bíblica e, ao mesmo tempo, querigmática. Atualmente apresenta dois programas na Rádio América de Belo Horizonte, ambos com teor bíblico: “Horizonte Bíblico”, com dimensão mais formativa e “Leitura Orante da Bíblia”, oração com a Sagrada Escritura.


Para saber maiores informações sobre o livro que quando será o lançamento aqui em Fortaleza acesse:http://irnovajerusalem.com.br 
Fonte: Palavra e Prece Editora

Parabéns Papa Bento XVI pelos 60 anos de vida sacerdotal.



Louvamos hoje a Deus pelos 60 anos de sacerdócio do nosso querido Santo Padre,Bento XVI.Que a exemplo dele busquemos cada dia mais a amizade com Cristo Jesus.

"Senti-me impelido a dizer-vos uma palavra de esperaa e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória"
(Benedictus XVI-Solenidade de São Pedro e São Paulo)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

verbum Domini

 Dimensão escatológica da Palavra de Deus

14. Por meio de tudo isto, a Igreja exprime a consciência de se encontrar, em Jesus Cristo, com a Palavra definitiva de Deus; Ele é «o Primeiro e o Último» (Ap 1, 17). Deu à criação e à história o seu sentido definitivo; por isso somos chamados a viver o tempo, a habitar na criação de Deus dentro deste ritmo escatológico da Palavra. «Portanto, a economia cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não se há-de esperar nenhuma outra revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1 Tm 6, 14; Tt 2, 13)».

[41] De facto, como recordaram os Padres durante o Sínodo, a «especificidade do cristianismo manifesta-se no acontecimento que é Jesus Cristo, ápice da Revelação, cumprimento das promessas de Deus e mediador do encontro entre o homem e Deus. Ele, “que nos deu a conhecer Deus” (Jo 1, 18), é a Palavra única e definitiva confiada à humanidade».[42] São João da Cruz exprimiu esta verdade de modo admirável: «Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra – e não tem outra – Deus disse-nos tudo ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única e já nada mais tem para dizer (…). Porque o que antes disse parcialmente pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d’Ele outra realidade ou novidade».[43]
Consequentemente, o Sínodo recomendou que «se ajudassem os fiéis a bem distinguir a Palavra de Deus das revelações privadas»,[44] cujo «papel não é (…) “completar” a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente, numa determinada época histórica».[45] O valor das revelações privadas é essencialmente diverso do da única revelação pública: esta exige a nossa fé; de facto nela, por meio de palavras humanas e da mediação da comunidade viva da Igreja, fala-nos o próprio Deus. O critério da verdade de uma revelação privada é a sua orientação para o próprio Cristo. Quando aquela nos afasta d’Ele, certamente não vem do Espírito Santo, que nos guia no âmbito do Evangelho e não fora dele. A revelação privada é uma ajuda para a fé, e manifesta-se como credível precisamente porque orienta para a única revelação pública. Por isso, a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. Uma revelação privada pode introduzir novas acentuações, fazer surgir novas formas de piedade ou aprofundar antigas. Pode revestir-se de um certo carácter profético (cf. 1 Ts 5, 19-21) e ser uma válida ajuda para compreender e viver melhor o Evangelho na hora actual; por isso não se deve desprezá-la. É uma ajuda, que é oferecida, mas da qual não é obrigatório fazer uso. Em todo o caso, deve tratar-se de um alimento para a fé, a esperança e a caridade, que são o caminho permanente da salvação para todos.[46]

Revista Bíblica Brasileira


A Teologia da Libertação, mas também as múltiplas seitas protestantes, o espiritismo, as novas religiões orientais e um certo ceticismo generalizado pelos meios de comunicação exigem de nós uma resposta mais adulta. Estamos no canto da parede! Temos que dar conta de nossa fé perante as críticas e, sobretudo, perante nossos próprios filhos, que querem conhecer as razões de nossa fé. A resposta encontra-se na Bíblia.


A Revista Bíblica Brasileira (RBB) quer ser um instrumento de trabalho para aqueles que têm sede de aprofundar os seus conhecimentos bíblicos e não querem ficar apenas no nível duma leitura ingênua. Uma leitura simples, piedosa, ingênua, é muito boa e vem ajudando muita gente; no entanto, muitos problemas questionam hoje a nossa maneira tradicional de aprender a fé católica.
Mas não basta escolher um trechinho gostoso, que satisfaz a nossa sensibilidade momentânea. É necessários saber de onde vem e para onde vai a palavra de Deus (Jo 3,8). É indispensável, pois, criar a coragem de ler a Bíblia do início até o fim e de questionar sobre a sua mensagem fundamental e sobre o que ela tem para dizer de tão importante para os homens, as mulheres, os jovens e até as crianças de nossos tempos. Se é palavra de Deus, o fato de a entender ou não entender não é ponto facultativo.
A Bíblia está em nossas mãos, à nossa disposição (Dt 30,11-14). É a palavra que os salva hoje, mas também que nos julgará amanhã. Não temos a desculpa de dizer que ela é difícil; pois para entender a informática, a contabilidade, a legislação social, a engenharia etc., somos capazes de enfrentar estudos muito mais técnicos e difíceis; mas para a palavra de Deus, achamos que não podemos.
Está na hora de assumir a nossa responsabilidade de adultos em nossa fé cristã e de poder dar razão da nossa fé. A RBB quer ser um instrumento que lhe ajuda a pensar e a aprofundar. Ela se esforça de ficar sempre al alcance de qualquer leitor de boa vontade, que aceita de fazer um pequeno esforço para entender melhor a sua fé. Ela almeja principalmente os estudos em grupos que se interessam e estão motivados para aprofundar a sua fé. Ela deseja ser um instrumento que prepare um nova Evangelização para o Terceiro Milênio.
Pe. Caetano