terça-feira, 27 de setembro de 2011

Trecho do documentário O GRANDE SILÊNCIO


Tríduo de São Jerônimo

Venha participar conosco do encerramento do mês da Bíblia com o TRÍDUO DE SÃO JERÔNIMO.
Palestras, oração, missa e exposição de Bíblias, mapas e objetos usados pelo povo de Israel!

PROGRAMAÇÃO:
Início: 28/09/11 com procissão com a Bíblia vinda de todas as comunidades da Paróquia Cristo Redentor chegando ao Instituto Religioso Nova Jerusalém.
Término: 30/09/11 Dia de São Jerônimo
Horário: a partir das 19h
Local: Instituto Religioso Nova Jerusalém: Rua Francisco Calaça, 178 – Cristo Redentor – Fortaleza-CE (Brasil)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Forte chamado, fecunda resposta

O tema “Forte chamado, fecunda resposta” foi desenvolvido por Emmir Nogueira, co-fundadora da Comunidade Shalom. A pregadora iniciou citando como exemplo principal a Beata Madre Teresa de Calcutá e serviu como direcionamento para a sua pregação a frase “Hoje, vale mais uma gota de santidade do que um oceano de genialidade”, disse fazendo referência a Gounod.

“Com Madre Teresa aprendemos, através de sua resposta de amor, a também corresponder ao nosso chamado com toda a alegria e disposição, estando dispostos a sair da nossa comodidade, dos nossos planos e da nossa vontade”, disse.

Emmir foi enfática ao dizer que devemos deixar os nossos planos, nossas vontades próprias, a nossa vida superficial, a nossa vida “mais ou menos”, a vida que os outros traçaram para nós e ir correndo, o mais rápido possível, para onde Deus quer que estejamos, para a Sua vontade.

Ainda ensinou que bastava uma única palavra para transformar as nossas vidas, e esta palavra é o “sim”. “Mas um ‘sim’ à vontade de Deus, um ‘sim’ que, mesmo tímido ou temeroso, é capaz de mudar as nossas vidas porque Deus não quer nos perder por nada, pelo contrário, por nos amar Ele nos quer por perto, num caminho de e para a felicidade”, disse.

Desta forma, convidava-nos a dizer sim à santidade! A nos lançar nos braços de Deus, a querer Sua vontade acima de tudo e a nos libertar de tudo o que nos prende para podermos irmos ao encontro de Deus que nos ama muito.
 
Por: Emmir Nogueira
Fonte: Comunidade Shalom

o Sentido do sofrimento

. Vejo nos sofrimentos uma participação mais direta na paixão do Senhor Jesus. É preciso ver o nosso corpo como um prolongamento do mistério da encarnação e realizar em nossa carne o que falta à paixão do Senhor. O sofrimento como intimidade com a humanidade de Jesus e como solidariedade com milhões de irmãos que a cada dia carregam cruzes pesadas e sofrem o drama da solidão...
 Ó almas desejosas de andar seguras e consoladas nas coisas do espírito! Se soubésseis quanto vos convém padecer sofrendo, para alcançar esta segurança e consolo! E como, sem isto, é impossível chegar ao que a alma deseja, antes, ao contrário, é voltar atrás, jamais buscaríeis consolo de modo algum, nem em Deus, nem nas criaturas. Carregaríeis, de preferência, a cruz, e, nela pregadas, desejaríeis beber fel e vinagre puro e o teríeis por grande ventura, vendo como pela vossa morte ao mundo e a vós mesmas viveríeis para Deus, em deleites espirituais."(São João da Cruz - Ch 2,28)
 Tento descobrir qual é a causa do sofrimento. Se for por minha negligência, falta de amor ou imprudência humana, tento me converter. Se vem de Deus e sinto-me totalmente inocente, vejo nisto uma "noite escura, uma purificação" que devo saber acolher com alegria, porque serve para minha santidade. Na escola de São João da Cruz tenho aprendido muito sobre o sofrimento
 
 
 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Viver a Santidade em tempos de pós-modernidade

Ir. Narcélio Lima, NJ*


RETORNO ÀS ORIGENS
A palavra consagração vem da língua latina: a preposição cum =com” e o adjetivo sacro =sagrado”. A consagração, literalmente seria, portanto, aquilo que torna sagrado. Pode significar algo ou alguém que é santo/ separado. O conceito que se tem de consagração, em especial na linguagem do Antigo Testamento, é familiar ao termo kadosh (santo), ou seja, na linguagem bíblica, para se referir ao sagrado usa-se a palavra ‘santo’, portanto, vale dizer que uma coisa sagrada é uma coisa santa (perfeita). “Não podereis servir a Javé, porque é Deus santo, é Deus ciumento, que não perdoará vossas rebeldias nem vossos pecados!” (Js 24,19). Aqui fala-se num contexto de Aliança, onde os ciúmes de Deus são a forma de ele expressar sua santidade, ele não tolera a competição nem a concorrência na entrega do amor leal, exige serviço exclusivo e total; ao não responder o povo assim, seu ciúme se inflamará e “acabará convosco depois de ter-vos feito tanto bem” (v. 20). “Agora, porém, se deveras escutais minha voz e guardais minha aliança, vós sereis MINHA PROPRIEDADE PESSOAL entre todos os povos, porque é minha toda a terra, sereis para mim um reino de SACERDOTES e uma NAÇÃO SANTA” (Ex 19,6). Existe uma relação muito íntima entre DEUS e seu POVO, daí podemos entender a ideia de pertença e consagração. Deus mostra sua soberania, dá a liberdade a esse povo e exige deste o comportamento ético, condição irrenunciável para ser sempre um povo santo, daí nasce o decálogo (dez mandamentos): para uma necessidade de testemunho público. O nome de Deus é santo, o seu santuário é santo, a cidade é santa (por isso é chamada Terra Santa), o culto, que deveria ser acompanhado de rituais de purificação, o seu ESPÍRITO SANTO, Jesus mesmo é chamado de O Santo de Deus… A sua Lei é uma lei de santidade (Lv 17-26). Deus pede isso do homem: “Sede santos, porque eu, Javé, sou santo” (Lv 19,2) e ainda: “Vós, porém, vos santificareis e sereis santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus” (Lv 20,7). A Lei de Santidade contempla, sem dúvida, uma relação muito estreita entre a santidade de Deus e a santidade do povo.
Para nós cristãos, ver a consagração no NT é chegar a uma denominação fundamental, pois ele concretiza as conseqüências imediatas entre Deus, o Espírito Santo e a sua Igreja. Nele, as realidades e mediações sacras mais importantes são transformadas pela vinda de Jesus, por exemplo: a lei, o templo, a morte (sua morte), o tempo, a palavra e os alimentos. Jesus é o cumprimento total das Escrituras e a radicalização, a maneira de superação de todos os dados revelados graças a sua “perfeição”. De agora em diante só existe uma realidade sagrada que é o CORPO DE JESUS CRISTO: “À Palavra se fez carne, e pôs sua morada entre nós, e vimos sua glória, glória que recebe do Pai como Filho único, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14). Com esta audaciosa afirmação, a Igreja crê, uma vez por todas que o Corpo de Jesus Cristo é o único lugar em que se encontra Deus: “Nele reside toda plenitude da divindade corporalmente” (Cl 2,9), e os cristãos compartilham essa plenitude. JESUS É O SANTO, hosios no grego. A Igreja se dirige a Deus chamando Jesus “teu Santo” = hagion, “servo-filho-servidor” (At 4,27-30), o “Santo de Deus ” (Mc 1,24; Jo 6,69). “Assim é o Sumo Sacerdote que nos convinha: santo, inocente, incontaminado, apartado dos pecadores, elevado acima dos céus” (Hb 7,26).
Na Bíblia, tudo se torna sacro ou consagrado quando recebe o toque do Espírito, por esse “toque”, tudo é transformado.

O HOJE DE DEUS E O NOSSO HOJE
A Modernidade foi um movimento que surgiu mais ou menos no século XII. Ela está muito ligada ao surgimento das universidades e ao espírito crítico-científico desenvolvido pelas mesmas universidades. Daqui nasce o fenômeno da secularização. A religião não perde seu lugar, porém se torna intimista, “subordinada” aos critérios da política e da sociedade. Desenvolveu-se uma visão puramente humana e científica das coisas: o que antes era algo positivo, passa a ser um problema. Deus aqui não é esquecido, porém se dá pouco importância ao que é sagrado, o que é pior que o ateísmo (indiferença religiosa). Com a religiosidade diversificada, a busca pelas seitas e religiões orientais é concretizada pelo simples fato de que suas filosofias não exigem compromissos mais rigorosos, especialmente no lado moral. É dessa ideia que surge o que conhecemos por NOVA ERA, que busca formar uma super-religião, eliminando todas, inclusive o cristianismo. O êxodo rural, o esfacelamento da família, que dificulta a catequese cristã e a marginalização afastam as pessoas da comunidade cristã.
Nossa Constituição traz logo em seu terceiro parágrafo, onde nosso fundador define o Instituto, o contexto histórico-cultural de nosso tempo, situando as duas guerras mundiais, fomentadas por povos que se denominam ‘cristãos’. A Igreja da América Latina questionou a evangelização de cunho europeu e reivindicou uma evangelização concreta e específica para nossa realidade.
§4. “Desse desafio nasceu a Nova Jerusalém!”
§5. “Se bem que tem raízes cistercienses (beneditinas), A NOVA JERUSALÉM QUER SER UM INSTITUTO NOVO, PARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES NOVAS NUM CONTINENTE NOVO”.
Na solenidade de Todos os Santos de 2006, o Santo Padre Bento XVI deixou-nos uma mensagem que poderá ajudar a compreender melhor a vocação à santidade em nossos dias. Inicia com o pensamento de São Bernardo: “Os nossos santos não precisam das nossas honras e nada recebem do nosso culto”. E continua:
Para ser santo não é preciso realizar obras extraordinárias, nem possuir carismas excepcionais, basta simplesmente ‘servir’ Jesus, escutá-lo, segui-lo sem esmorecer perante as dificuldades (…) O exemplo dos santos é, para nós, um encorajamento a seguir os mesmos passos, a experimentar a alegria de quem confia em Deus, porque a única e verdadeira causa de tristeza e de infelicidade – para o homem – é viver longe d’Ele. (…) A santidade exige um esforço constante, mas é possível a todos porque, mais do que obra do homem, é sobretudo dom de Deus, três vezes Santo (…) Quanto mais imitamos Jesus e lhe permanecemos unidos, tanto mais entramos no mistério da santidade divina. Descobrimos que somos amados por Ele de modo infinito e isto nos leva… a amar os irmãos. (…) Tudo passa, só Deus não muda. Diz um Salmo: ‘Desfalecem a minha carne e o meu coração; mas a rocha do meu coração é Deus, é Deus a minha sorte para sempre’. Todos os cristãos, chamados à santidade, são homens e mulheres que vivem profundamente ancorados nesta Rocha; têm os pés assentes na terra, mas o coração está já no Céu, morada definitiva dos amigos de Deus”.

* Religioso do Instituto Religioso Nova Jerusalém.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________________________________________________________________
CONSTITUIÇÃO: Instituto Religioso Nova Jerusalém, 2ª Ed. Fortaleza, 2002.
DICIONÁRIO TEOLÓGICO DA VIDA CONSAGRADA. São Paulo: Paulus, 1994.
OLIVEIRA, José Lisboa Moreira de. Viver os votos em tempos de pós-modernidade. São Paulo: Loyola, 2001.
PEREGO, Giacomo. Novo Testamento e vida consagrada. São Paulo: Paulus, 2010.
<http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=38668> Acesso em 30/06/2011.

Defesa biblica de Maria


Por Antoine Valentin
Há uma palavra no aramaico, "Gebirah" que quer dizer "Rainha Mãe".  Próximo ao trono do Rei estava um segundo trono. Muitos assumiriam que o segundo trono pertenceu à esposa do Rei. O Gebirah era uma posição oficial, que todo o mundo ( Jesus e os discípulos incluíram) era completamente familiar.  O papel dela era como defensora das pessoas; qualquer um que teve uma petição ou buscou uma audiência com o Rei fez assim por ela.  Ela era uma intercessora, que apresentava os desejos e preocupações das pessoas ao Rei.  Isto não insinua que o Rei era inabordável, ou que as pessoas tinham medo ou eram incapaz de falar com ele.  significa que o Rei honrou sua mãe e levou os pedidos dela em consideração.  As pessoas, sentiam-se próximos, como se fossem seus filhos.
Este papel é mencionado em: (2 Reis 10,13) " Nós somos irmãos de Ocosias, responderam eles. Descemos para fazer uma visita aos filhos do rei e aos filhos da rainha."
O lugar específico dela de honra e intercessão, é ilustrado dramaticamente na passagem seguinte de (1 Reis 2, 13-21)
?Adonias, filho de Hagit, foi ter com Betsabé, mãe de Salomão. Ela disse-lhe: vens como amigo? Sim disse ele, preciso falar-te ?fala? ele continuou! ?Sabes que o reino era meu, e que todo o Israel me considerava como o seu futuro Rei. Mas o trono foi transferido a outro,passando para meu irmão, porque o Senhor lho deu. Tenho a esse respeito um pedido a fazer-te; não mo recuses ? ?Fala?  ?Pede ao Rei Salomão, que nada te recusa, que me dê Abisag, a sunanita, por mulher? ?Está bem, respondeu Betsabé, falarei por ti ao Rei?. Betsabé foi, pois, ter com o Rei para falar-lhe em favor de Adonias. O Rei levantou-se para ir-lhe ao encontro, fez-lhe uma profunda reverência e sentou-se no trono. Mandou colocar um trono para sua mãe, e ela sentou-se à sua direita: ?Tenho um pequeno pedido a fazer-te, disse ela; não mo recuses? ? ?Pede, minha mãe, respondeu o Rei, porque nada te recusarei?. Disse Betsabé: ?Peço-te que Abisag, a sunanita, seja dada por mulher ao teu irmão Adonias.?
São de grande importância, as observações seguintes:
1. Adonias assumiu que a mãe rainha chegaria ao Rei ao lado dele; Adonias confiou nela.
2. A reação do Rei é notável: ele se levanta e faz uma profunda homenagem a ela.
3. Um trono foi provido para ela, e ela sentou a seu lado.
4. É dada ênfase como intercessora, e pela repetição da idéia que o rei não a recusará.
Nós fazemos o mesmo com Maria.  Nós assumimos que ela chegará ao Rei em nosso favor.  Muitos protestantes dizem que "Nós não precisamos passar por qualquer um; nós podemos falar diretamente" com Deus. Bem, claro que nós podemos.  Mas eu duvido que a mesma pessoa nunca pediu para um amigo que fizesse uma oração para uma pessoa, ou que nós pedimos para nossos amigos que rezem por nós. Não porque sentimos que não podemos chegar diretamente a Deus, mas porque nós somos uma família em Cristo. Nós nos preocupamos um com o outro. São Paulo nos conta que somos rodeados por uma nuvem de testemunhas, fala que as orações dos santos sobem como incenso a Deus.  O que você supõe que eles estão pedindo?  Em Tobias nós lemos: ?Quando tu oravas com lágrimas e enterrava os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los  quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor? (Tobias 12,12)
Se nós perguntamos a esses que sabemos que rezam para nós, como nós deveríamos nos abster de perguntar a esses que estão na presença de Deus?  E se nós perguntamos a esses que estão na presença de Deus para rezar para nós, como nós deveríamos nos abster de perguntar para a mesma mãe do Rei?
Quando Jesus estava morrendo na Cruz, suas palavras são direcionadas ao discípulo amado e a cada um de nós, e essas palavras são: "Veja sua mãe."

Maria como Arca da Nova Aliança

A Arca da Antiga Aliança era o lugar de propriedade para os Dez Mandamentos que eram a palavra de Deus. Na Bíblia, São João chama Jesus como a palavra de Deus, e Maria o levando no útero, se tornou a Arca da Nova Aliança. A Arca da Aliança é santa e pura, e se Maria tivesse pecado original, ela não teria sido pura, e então não poderia ter sido a Arca da Nova Aliança. Esta idéia é apresentada na Bíblia quando nós compararmos o Velho Testamento e o Novo Testamento. Note estas semelhanças:
Antigo Testamento: Quando a arca da Aliança foi trazida ao Rei  Davi.

"Davi temeu o Senhor que disse, como entrará a arca do Senhor em minha casa?." (2 Samuel 6,9)
Novo Testamento: Quando Maria foi visitar Isabel que estava grávida de João Batista.
"Donde me vem essa honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?" (Lucas 1,43)
Antigo Testamento: Quando Davi dançou de alegria porque ele estava na presença da arca que segurava a palavra de Deus. Micol filha de Saul "olhando pela janela, viu o rei Davi, saltando e dançando diante do Senhor? (2 Samuel 6,16).
Novo Testamento: Quando o profeta João Batista saltou de alegria enquanto estava no útero de sua mãe. Ele fez isto quando ouviu a voz de Maria que estava grávida de Jesus que também é chamado a Palavra de Deus.
Antigo Testamento: Os Israelitas estavam cheios de grande alegria porque eles estavam perto da arca que segurava a palavra de Deus.
"Como ele e todos os Israelitas estavam expondo a arca do Senhor com gritos de alegrias."
Novo Testamento: Isto mostra a alegria de Isabel e João Batista por estar na presença de Maria que segurava a Palavra de Deus.
"Isabel clamou em alta voz e disse, Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas 1,42)
Se é verdade que Maria é a Arca da Nova Aliança, então ela deveria ter sido pura, e não pôde ter nenhum pecado original. O fato que Maria nasceu sem pecado original foi um ensino claro não só da Igreja católica, mas dos fundadores do Protestantismo. Então, como algumas denominações protestantes tem ido tão longe deste ensino Cristão tradicional?
É uma doce e piedosa convicção que foi efetuada a infusão da alma de Maria sem pecado original; de forma que na mesma infusão da alma, ela foi purificada também do pecado original e adornado com os presentes de Deus, recebendo uma pura alma infundida por Deus; assim do primeiro momento ela começou a viver livre de todo o pecado. [Martinho Lutero; "Sermão No Dia da Concepção da Mãe de Deus", 1527]
Aqui fica uma outra resposta! "Se Deus fez Eva sem o pecado original, por que então o mesmo Deus não poderia fazer o mesmo com Maria?"
Quando Jesus fez a entrada triunfal em Jerusalém, ele montou em um burro que não tinha sido montado por ninguém (Marcos 11,2-10). Ele também foi enterrado em uma sepultura que não tinha sido usada por ninguém (João 19,41) Estas coisas não eram necessárias, mas só estava mostrando que o burro e a sepultura usados por Cristo, tinha que ser algo de especial.
No Antigo Testamento, há passagens que prefiguram as pessoas ou eventos, no Novo Testamento. Adão é um tipo de Cristo. (Romanos 5,14).
Em Ezequiel há uma referência a um portão que é um tipo de Maria.
(Ezequiel 44,1-2) "Ele reconduziu-me ao pórtico exterior do santuário, que fica fronteiro ao oriente, o qual se achava fechado. O Senhor disse-me: ?Esse pórtico ficará fechado. Ninguém o abrirá, ninguém aí passará, porque o Senhor, Deus de Israel, aí passou; ele permanecerá fechado?.
(Ezequiel 46,8-12) "Logo que chegar, o príncipe passará pelo vestíbulo do pórtico e, ao sair, tomará idêntico caminho. Quando o povo vier apresentar-se diante do Senhor, por ocasião das solenidades, aquele que tiver entrado pela porta norte, para se prostenar, sairá pela porta sul; o que vier pela porta sul sairá pela porta norte; não voltará pela porta que tiver tomado à entrada, mas sairá pela porta que tiver diante de si. O príncipe ficará no meio deles, entrando e saindo como eles. Por ocasião das festas e solenidades, a oferenda será de um efá por touro e por cordeiro; para as ovelhas, será deixada à sua escolha; no que toca ao óleo, oferecerá um hin por efá. Quando o príncipe quiser oferecer ao Senhor um holocausto voluntário ou um sacrifício pacífico, abrir-se-lhe-á a porta que olha para o oriente, e ele oferecerá seu holocausto e seu sacrifício pacífico como faz no dia do sábado. Quando sair, fechar-se-á a porta imediatamente após ele?
O príncipe é um tipo de Cristo, e o portão prefigura Maria, desde que era pelo seu útero que Jesus entrou no mundo. Assim como o portão estava reservado só para o príncipe, também o útero de Maria foi reservado só para Jesus.  Como no caso do burro (Marcos 11,2-10), e a tumba nova (João 19,41), Deus destina a graça da qual moveu Maria para aceitar uma vida de virgindade consagrada, como sua Virgindade Perpétua é o sinal que aponta algo de especial de Jesus Cristo.


por ,
Veritatis Splendor

Curso Profetas Profetismo em Chave Histórica

Período: 05, 12 e 19 de novembro de 2011 aos sábados de 08h às  12h (12h/a)
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Cartaz_profetas_2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Monaquismo

I - Origem do Monaquismo

A palavra “monaquismo” vem do grego monachós = aquele que está só; designa uma forma de vida cristã totalmente consagrada a Deus no retiro, no silêncio, na oração, na penitência e no trabalho.

Houve formas de monaquismo pré-cristão na Índia, na Palestina (os essênios), no Egito (os terapeutas, os neoplatônicos)... O monaquismo cristão tem seus fundamentos imediato no próprio Evangelho, onde o Senhor Jesus aconselha a deixar tudo e seguir incondicionalmente o Cristo. Pode-se crer, na base do testemunho de S. Paulo em 1 Cor 7, que já nas primeiras décadas do Cristianismo havia homens e mulheres que se abstinham do casamento para poder-se consagrar mais plenamente ao reino de Deus.

No século III essa modalidade de vida ascética tomou a forma eremítica (primeira forma de vida consagrada masculina); os cristãos retiravam-se para o deserto, tendo como modelo S. Antão (251-365); este é considerado o “Patriarca do monaquismo”; filho de família rica, ouviu o apelo do Senhor proclamando na Igreja e resolveu deixar tudo, retirando-se para o deserto do Egito, após ter providenciado a subsistência de sua irmã mais jovem. A “Vida de S. Antão”, escrita no século IV por S. Atanásio, exerceu grande influência sobre as gerações posteriores.

A vida eremítica teve expressões de grande generosidade: os monges viviam em silêncio, trabalhando com as mãos na confecção de cordames, cestas, esteiras e dedicando longas horas à oração; os jovens iam consultar os anciãos a respeito de seu tipo de ascese. Alguns ermitas se dedicaram a formas de penitência muito pessoais. Além de uma autêntica vida de oração e penitência, oferecida em favor da Igreja, os eremitas ou “padres do deserto” contribuíram em muito com a teologia e filosofia, através de escritos, que ainda hoje enriquecem a doutrina cristã. A vida eremítica era ainda forte grito profético no interior da Igreja, quando esta, após os tempos de perseguição se unia às forças e poderes do Império.

A vida eremítica foi cedendo aso poucos à vida cenobítica ou comunitária. Esta apresentava suas vantagens a saber: mais freqüente ocasião de se praticar a caridade e controle da comunidade sobre atitudes e comportamentos, às vezes esdrúxulos, dos monges eremitas S. Pacômio (+ 346) foi o primeiro organizador da vida cenobítica, que ele quis submeter a uma regra e a um superior chamado “Abade” (=Pai); a Regra visava a regulamentar a disciplina do monges na oração, no trabalho, no vestuário, na alimentação..., apresentando um caminho de santificação concebida pela sabedoria do Fundador. A casa dos cenobitas tomou o nome de monastérion em grego (donde mosteiro em português). O mosteiro data de 320; fundou-o S. Pacômio em Tabesini, a 570 Km ao sul da moderna cidade do Cairo.

Os monges eram quase todos leigos, isto é, não recebiam as ordens sacras; o número de sacerdotes nos mosteiros correspondia às necessidades do serviço interno da comunidade. Só na idade Média é que se difundiu o costume de conferir o presbiterato aos monges. São Pacômio era tão rigoroso neste particular que excluía por completo a possibilidade de ordenas algum monge, pois julgava que esto podia suscitar o desejo de honras e encargos de projeção. Conservam-se até hoje coletâneas de historietas e dizeres (Apoftegmas) dos Padres do Deserto, cuja leitura revela a sabedoria e o heroísmo daqueles cristãos.
Obs.:

Cenóbio: vem dos vocábulos gregos Koinós (=comum) e bios (=vida). "E, pois, a casa de vida comunitária, à diferença do eremitério (de eremos = deserto), lugar de vida solitária.

Anacoreta: vem dos termos gregos aná (para trás ) e chóreo (caminhar). Significa aquele que se retira ou o eremita.

Abade: do hebraico Abba (= Pai) designa, na origem um ancião que atingiu o cume da vida ascética.

Ascese: vem de Askéses no sentido pagão significa o conjunto de exercícios que mantém o vigor físico, intelectual ou moral.

Mística: vem de Mustikos as cosias que se relacionam como os mistérios, sobretudo os objetos rituais ou as pessoas iniciadas aos mistérios. No sentido cristão é toda experiência de intimidade com Deus e toda doutrina relacionada com esse tipo de experiência.


Fonte: Comunidade Shalom

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Para quem deseja se aprofundar no conhecimento bíblico, por onde deve começar?


  A primeira coisa que se recomenda, é a leitura da Bíblia de ponta a ponta. É importante a leitura contínua, mesmo corrida, de ponta a ponta. Porque se escolhemos um trechinho que gostamos, achamos bonitinho, que toca o nosso coração, isso fica superficial, não leva ao conhecimento profundo. Na leitura de ponta a ponta nós sondamos a mensagem de Deus, o seu plano, aquilo que Ele está querendo dizer. Do início ao fim. (Pe. Caetano nj)

Serei fiel a Tua Vontade!Cusque o que custar!

Por que os Evangelhos não foram escritos durante a vida de Jesus ou imediatamente após sua morte?



A grande maioria das pessoas procuram responder esta pergunta levantando apenas o argumento da dificuldade de registrar os acontecimentos da vida de Jesus pela escassez de material para escrever. Entretanto, podemos elencar diversos pontos que contribuíram para o adiamento da escrita dos Evangelhos: A) Nem mesmo Jesus escreveu sequer uma vírgula de seus ensinamentos. Também não motivou os discípulos a escreverem, mas sim viverem seus ensinamentos. Era costume nessa época ainda transmitir os ensinamentos oralmente e não através de escritos. Dessa forma, os primeiros cristãos estavam mais preocupados em anunciar oralmente e através da vivência e do testemunho o Cristo Ressuscitado que “gastar” seu precioso tempo escrevendo. Afinal, o cristianismo ainda era um pequeno grupo, até considerado uma seita; B) Mesmo com a experiência do Cristo Ressuscitado, os cristãos inicialmente seguiram o culto judaico. Consequentemente utilizaram a Bíblia Judaica (nosso Antigo Testamento), sendo com mais frequência a tradução grega (LXX). A a eucaristia era de caráter familiar, como no judaísmo; C) Os cristãos estavam tão centrados também na iminente vinda de Jesus (parusia – segunda vinda  de Jesus) que não sentiram motivados em registrar os acontecimentos da vida de Jesus. Registrar para quem lê, se Jesus estaria por vir?
Portanto, os evangelhos só começaram  a ser escritos quando: A) Os apóstolos que conviveram com Jesus (primeira geração) começaram a morrer (a maioria no martírio); B) Aumentaram os conflitos dos cristãos com o judaísmo; C) A parusia não foi iminente como se esperava e as perseguições aos cristãos passam a crescer;
Tudo isso começa a gerar uma certa crise de identidade e consequentemente a necessidade de escrever não só os acontecimentos, mas o testemunho, a vivência e a experiência do Cristo no meio de seu povo. Nesse tempo, já se tem passado uns 30 anos da crucificação de Jesus, o qual surge o primeiro Evangelho: Marcos.
Ir. Jackson, NJ

O sentido so serviço

   Para fazer uma reflexão a respeito do que significa ser membro de um ministério, tomemos a seguinte perícope paulina: Rm 12, 1-13.
 
I – Oferta a Deus (vv. 1-2)
II – Humildade (v. 3)
III – Unidade/Caridade (vv. 4-13)

ש      Oferta a Deus
Antes de tudo para uma verdadeira vivência e atuação em um ministério, é preciso ter a clara consciêcia de que somos chamados, escolhidos, por Deus. Não fomos nós que escolhemos o ministério que gostaríamos de servir, mas o próprio Deus se encarrega de nos chamar e capacitar-nos para o seu exercício (cf. Jo 15, 16).
Servir em um ministério é sempre estar a serviço da Palavra, ser canais de conversão. O ministério é lugar de conversão e não autopromoção, nós somos servos e não estrelas (cf. Mt 20, 25-25; Jo 13, 13-15). O nosso objetivo é evangelizar e não fazer show ou grandes eventos.

ש      Humildade
A humildade é o conhecimento de quem verdadeiramente eu sou: minhas potencialidades e limitações. É não ser o centro da própria existência nem de qualquer outro. É Caminhar aprendendo com o outro e contribuir para que o outro cresca, com a certeza de sempre estar debaixo do olhar de Deus, que me ama exatamente como sou.
Como ministros, precisamos buscar sempre aperfeiçoar-nos nos talentos que Deus nos concedeu (cf. Mt 25, 14-30), no entanto, nunca descuidar do excencial, isto é, a unção de Deus (cf. Lc 10,38-42). Devemos ter a consciência que não somos insubstituíveis no ministério e alegrar-nos quando o Senhor manda alguém que faz o que temos a capacidade de fazer.

ש      Unidade/Caridade
Todo dom que o Senhor nos dá é para ser empregado em favor da Igreja (1Cor 12, 7; Catec. 799; 951). Para que a unidade seja preservada é necessário que haja obediência aos coordenadores (1Cor 14, 32-33.37-38). Apenas a perseverança na caridade vai sustentar o seu ministério, pois exatamente como o próprio nome indica,é serviço, e não status.
Diante de tudo o que refletimos, podemos abstrair algumas atitudes que o ministro poderia tomar para obter êxito em seu serviço: disponibilidade, fervor, alegria, atenção às nescessidades do outro e vida de oração (cf. Rm 12, 11-13).


[Elaborado por Ir Franklins Marques Torres, NJ (noviço).]
 
Fonte:noviciadonj