quarta-feira, 20 de abril de 2011

Assista a versão em animação japonesa (Anime) do filme Jesus.

 

Com o objetivo de atrair um público jovens que assiste séries japonesas como Pokemon, Dragon Ball e tantas outras a animação “Meu último Dia (My Last Day) é uma adaptação do conhecido filme “JESUS” criado pelo Projeto de Filme JESUS do ministério da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo para uma versão Anime (animação japonesa).
Diferente do projeto original a animação é um curta-metragem ou seja em 9 minutos busca contar a história da crucificação de Cristo através dos olhos do ladrão que estava pendurado ao lado dele. O objetivo da animação é mostrar ao público a oportunidade de testemunhar a transformação pessoal do criminoso diante da verdade de Jesus.
Ao fim do filme um site que responde a pergunta “Quem é Jesus” é apresentado como uma proposta interativa e evangelística.
Aliando animação, internet e um vídeo rápido esse projeto tem o claro objetivo de capturar a atenção de uma geração conectada e que não conheceu a versão clássica do filme. Segundo um dos responsáveis pelo projeto, Greg Gregoire, “o clássico filme “Jesus” é superior a 31 anos e ainda muito eficaz em muitos contextos, a próxima geração – a geração Internet – e outras audiências dos meios de comunicação sofisticados precisava de uma maneira diferente de conectar com a história”.
A animação também tem grandes nomes envolvidos como Barry Cook que dirigiu o filme da Disney “Mulan” e foi o supervisor de efeitos visuais de “A Bela e a Fera”, segundo ele: “Não vai ser o filme JESUS de seus avós. Nem mesmo vai ser ‘A Paixão de Cristo’ dos pais. Será a história de Jesus contada em sua língua”.
A animação “Meus últimos dias” estréia no dia 21 de Abril mas já pode ser visualizada através do site Global Short Film Network

Semana Santa segundo o Twitter

Saudações Fraternas! 
     E se a semana santa fosse retratada no twitter? Jesus teria muitos seguidores? 
O vídeo a seguir narra um resumo da história de Jesus Cristo utilizando-se da 
linguagem do microblog Twitter:
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† Pax Tecum

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Nova Jerusalém

- Pe. Caetano M. de Tillesse
Fundador da Comunidade Nova Jerusalém 




"Vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade santa, a Jerusalém nova, preparada como uma esposa que se enfeitou para o seu Esposo" (Ap 21,2)
A Nova Jerusalém "desce do céu", isto é, ela se manifesta aqui, agora, neste mundo. Não é uma visão par ao fim do mundo, mas é a visão da Igreja, hoje, neste mundo. Mas essa Nova Jerusalém é uma visão do futuro antecipada no presente deste mundo.

A Nova Jerusalém começou para mim no mosteiro cisterciense de Orval, na Bélgica, onde passei 22 anos. Já lá eu me apaixonei pela Bíblia e mandaram-me para Roma (Instituto Bíblico) onde conquistei o Mestrado em Bíblia em 1956. Passei 11 anos no mosteiro de Orval ensinando a Bíblia aos estudantes de teologia. Chegou então a época do Concílio e a parte jovem da comunidade cisterciense julgou que não devíamos guardar esse tesouro de contemplação enclausurado atrás de muralhas medievais e de 15 séculos de tradição monástica riquíssima (desde São Bento), mas como uma luz escondida debaixo do alqueire (cf. Mt 5,15). Por isso, pensamos vivenciar essa mesma experiência contemplativa (valiosa) no meio do povo mais pobre e marginalizado. Tentamos fazer isso em nosso humilde bairro Cristo Redentor (Fortaleza-CE).

Quando apareceu a Renovação Carismática (1975), pensei que aquilo que eu estava procurando estava acontecendo, pois a RCC quer experimentar a presença poderosa de Cristo ressuscitado hoje na Igreja reunida e no meio do povo mais humilde, principalmente. - A Nova Jerusalém brotou da RCC. Ela quer ser a manifestação de Cristo Ressuscitado no meio de sua Igreja hoje. Por esse motivo, ela não quer ser uma evangelização apenas sentimental e edulcorada. Ele quer a verdade segura da Palavra de Deus. Essa Palavra encontra-se na Bíblia. Novamente não basta uma leitura ingênua ou açucarada da Bíblia. Hoje muitos questionam a mensagem da Bíblia e da Igreja (depois de 500 anos de Evangelização e de colonização...). Uma mensagem edulcorada e ingênua não convence mais as elites intelectuais do nosso tempo, e se não convence mais a essas, as dúvidas e descrenças vão chegar depressa demais aos ouvidos e às mentes desprevenidas do nosso povo simples. O povo não está preparado para o assalto de incredulidade dos nossos tempos. Por isso, a nossa leitura da Bíblia - mesmo em ambientais populares - deve ser crítica, a par dos problemas e dos questionamentos modernos.

Eis a razão por que todos os membros da Jerusalém - homens e mulheres, pois a Nova Jerusalém é mista - estudam a filosofia e a teologia e continuam numa especialização bíblica, já que a Palavra de Deus é complexa e difícil. Ela é muito questionada pela ciência moderna. Os membros da Nova Jerusalém devem estar a par desses problemas e possuir uma formação segura e informada. A Jerusalém é mista porque a maneira feminina de ler a Bíblia é diferente da masculina e a Bíblia é essencialmente "esponsal": o papel da mulher é vital na resposta do povo de Deus à voz do Esposo. Por isso, a presença feminina é imprescindível na Nova Jerusalém. Da mesma maneira, a presença dos leigos é constitutiva na Nova Jerusalém; por isso, ao lado da Jerusalém masculina e feminina, consagrada pelos votos religiosos, há sempre uma Jerusalém leiga, que participa da consagração e busca bíblica e contemplativa da Nova Jerusalém religiosa, no meio de seus compromissos familiares.

A Nova Jerusalém não é apenas uma Congregação (ou Instituto) piedosa e dedicada ao estudo e à contemplação; a sua finalidade própria é evangelizar, isto é, deixar que a Palavra criadora de Deus possa desenvolver todas as suas energias no mundo desnorteado de hoje. Portanto, a Nova Jerusalém não atua apenas na pastoral de uma paróquia, mas quer atingir uma (arqui-)diocese inteira e mesmo a Igreja universal. Com essa finalidade, lançou a Revista Bíblica Brasileira, para aprofundar e atualizar sistematicamente o conhecimento crítico da Bíblia, e abrir um diálogo com as outras partes do Brasil, da América Latina, da Europa, do mundo cristão principal, mas não exclusivamente.

A Nova Jerusalém (interna, isto é, religiosa) conta atualmente com 31 membros, dos quais 5 sacerdotes (sem contar o fundador). Ela tem três fundações: a Casa-Mãe em Fortaleza, cujos membros estudam no ITEP arquidiocesano; duas casas (uma feminina e uma masculina: 6 membros no total) em Belo Horizonte-MG, cujos membros cursam a pós-graduação em teologia e Bíblia no ISI e em outros Institutos; e uma em Aracaju, que conta atualmente com dois membros, um sacerdote e um estudante professo.

O órgão de comunicação do Instituto Nova Jerusalém é a Revista Bíblica Brasileira (RBB) que, desde 1984 - três anos depois da fundação do Instituto - esforça-se por expressar uma leitura da Bíblia atualizada, exigente, a par da exegese moderna mundial, numa compreensão profunda da mensagem bíblica, Antigo e Novo Testamento - e mesmo dos Apócrifos inter-testamentário), que possa se tornar o alicerce e o trampolim para uma nova evangelização para o terceiro milênio. Pensamos que, a partir de nosso bairro humilde e pobre, e a partir de um estudo e de uma meditação profunda, uma nova luz de evangelização possa irradiar para o nosso Brasil e mesmo para o mundo inteiro (assinatura pela Caixa Postal 1577, 60001-970 Fortaleza-CE).

Protagonista do milagre atribuído a João Paulo II revela detalhes inéditos de sua cura



A religiosa francesa Marie Simon Pierre revelou detalhes inéditos do milagre que permitirá a beatificação do Papa João Paulo II no próximo 1º de maio, como o fato de experimentar um grande desejo de rezar poucos instantes antes de descobrir que tinha sido curada do mal de Parkinson, a mesma enfermidade que sofria Karol Wojtyla.


Em uma entrevista concedida em 14 de janeiro à rede francesa KTOtv e à italiana RAI Vaticano, a religiosa relata que "o dia 2 de junho de 2005 foi o dia da minha cura. Esse dia pela manhã eu estava completamente impedida e já não podia mais".

"Pensei em procurar a irmã Marie (superiora de sua comunidade) para pedir minha demissão, deixar de brindar meu serviço na maternidade onde trabalhava com muitas pessoas sob a minha responsabilidade. Sentia-me muito pesada e me disse: é necessário que eu pare, que eu deixe o serviço. Eu não posso fazer que isto deixe de avançar, não é possível".

O pedido da irmã Marie Simon Pierre foi rechaçado com amabilidade e em troca sua superiora lhe propôs pedir a graça de sua cura ao João Paulo II.

Quando isto aconteceu, "sentimos por um bom momento uma grande mudança em seu escritório, diria que uma grande paz, uma paz muito grande e uma grande serenidade, sentia-me muito aprazível, ela também".

Nesse momento, pediu-lhe escrever o nome de João Paulo II em um papel. O avanço do Parkinson tinha afetado seu braço esquerdo e sofria de intensos tremores. Sua superiora lhe propôs escrever com a mão direita. "Disse-lhe que não podia porque minha mão direita também ficava a tremer, mas ela insistiu: 'sim você pode, sim pode'".

Escreveu algo ilegível mas pensou que de repente "ocorrerá um milagre se é que acredito".

"Fui e segui com meu serviço. Essa noite segui a jornada como de costume com a cena comunitária, logo um pouco mais de trabalho e depois a oração noturna na capela".

Ao retornar ao seu quarto, a irmã Marie Simon-Pierre se obrigou a escrever e teve uma grande surpresa ao ver que nesse momento ela pôde fazê-lo bem.

Passou uma noite tranqüila e dormiu bem, sem a insônia habitual que apresentava pela dor do Parkinson. Às 4:30 da madrugada do dia 3 de junho despertou sentindo que "já não era a mesma. Havia uma alegria interior e uma grande paz; e logo me surpreendi muito pelos gestos do meu corpo".

Ao mesmo tempo despertou nela "um grande desejo de rezar. Nessa hora não tinha autorização para rezar, mas rezei".

Rezou diante do tabernáculo do oratório da maternidade "sempre com uma alegria muito profunda" meditando ademais os mistérios luminosos do Papa João Paulo II.

Às 6:00 a.m. sua comunidade assistia à Eucaristia, assim que se dirigiu do oratório à capela.

Nesse trajeto "percebia que meu braço esquerdo já não ficava imóvel ao caminhar mas balançava normalmente. Na Eucaristia tive a certeza de que estava curada".

http://www.acidigital.com/noticia.php



 Por este milagre, o Papa João Paulo II será beatificado no dia 01 de maio de 2011, na Festa da Misericórdia.


Bem-aventurado João Paulo II, rogai por nós!

Reflexões para Semana Santa.



Aíla L. Pinheiro de Andrade,nj*

A última secção do Apocalipse (21, 1—22, 5) faz um díptico com o relato da criação do Gênesis. Se a primeira palavra de Deus no Gn foi “faça-se” (Gn 1, 3), a primeira palavra emitida pelo que está sentado no trono é: “Faço tudo novo” (Ap 21, 5). O primeiro céu e a primeira terra desaparecem (v. 1), dando lugar a uma nova criação. O autor insiste em incutir a novidade, repetindo o termo até quatro vezes: vv. 1 (duas vezes), 2 e 5.

O mar, símbolo do caos, das forças adversas (Gn 1), já não existe (Ap 21,1). Deus, por meio de Cristo, destruiu o Adversário definitivamente (Ap 20, 1-10; cf. Is. 27, 1; 51, 9 s.; Sl 74, 13 ss.; Jó 26, 12 s.). Toda prova, toda tentação, acabou. Tudo é definitivo. Abatidos os inimigos, instaura-se o Reino de Deus, a nova humanidade na qual não há pecado, nem tropeço em provação alguma.

A nova Jerusalém não é feita de material inanimado, mas personifica a nova “cidade” dos que foram salvos. Com sua descida do céu, a totalidade do cosmos fica incorporada ao âmbito de Deus. Uma nova relação se instaura, se inaugura o novo noivado de Deus com o povo no gozo e na alegria (Os 2, 16-25; Jr 2, 1-3; Is 61, 10; 62, 4ss).

Essa noiva é a morada do Senhor. A nova Jerusalém, agora é a plenificação da presença de Deus no deserto, onde a nuvem era o símbolo da presença divina (sekinah), que baixava sobre a Tenda (Nm 9,15-23). Na nova Jerusalém o simbolismo se faz realidade: a morada não é a Tenda, mas o novo povo no qual Deus é uma presença plena.

A felicidade reina no novo povo (Ap 21, 4) porque foi eliminado todo tipo de dor, guerras, perseguições e morte (cf. também 22, 3-5). Aqui o livro chega a seu clímax: na luta contra o Adversário, a comunidade vencerá apesar das dificuldades de cada época. O Deus criador é também a meta última de todo ser criado. As fontes humanas de felicidade não saciam a sede; somente o encontro definitivo com Deus poderá satisfazer todo anseio humano.

Quando o Adversário sedutor for julgado (Ap 20, 10.15), quando tiver desaparecido o cenário no qual se desenvolveu a tragédia do pecado (20,11), quando já não existir o velho mundo no qual reina a dor e a morte, quando desaparecer tudo que representa o caos ou a esterilidade, então se cumprirá a visão da nova terra e do novo céu. Desaparecerá o mar, isto é, o caos e surgirá uma nova criação. A morada de Deus e a morada do ser humano serão a mesma, o céu e a terra se reconciliarão. Serão cumpridas, por fim, todas as profecias (cf. Is 65,17ss; 66, 22).

Se, em outro tempo, Israel experimentou a presença de Deus no deserto, aquilo foi apenas uma pálida imagem do que agora se anuncia: porque Deus habitará definitivamente entre todos os homens e, todos os povos serão um mesmo povo na presença de Deus (Ap 7,9), porque já não haverá pranto, nem morte, nem dor alguma.

O cristão sempre tem diante de si a utopia do novo céu e da nova terra. Não pode conformar-se com a injustiça, com nenhuma mentira, com qualquer dor gratuita. Buscará sempre o Reino de Deus.

O mundo novo não supõe a destruição apocalíptica deste, mas sim sua transformação progressiva. A vida nova já está enxertada neste mundo. O Reino de Deus já está dentro de nós. Assim como o deserto esconde em si a fertilidade que brota durante a chuva.

A Tenda do deserto foi sinal desta presença salvadora de Deus no meio de seu povo. Jesus Cristo, Palavra de Deus feita carne, é a realização suprema deste divino estar-com-os-homens: “E habitou (literalmente: “fincou sua Tenda”) entre nós” (Jo 1,14). Na Jerusalém do céu tudo está penetrado pelo que a Tenda significava: a perene presença de Deus. A bem-aventurança, dom gratuito de Deus, é a herança dos fiéis; e muito mais, é o cumprimento das promessas messiânicas feitas a Davi e que agora se estendem a todos os que participam da relação amorosa entre o Deus e o Cordeiro imolado/ressuscitado.

É isso que se expressa no pacto novo e definitivo firmado entre Deus e o ser humano. As bodas do Cordeiro são o seu sinal. Todos os povos agora fazem parte do povo de Deus em Jesus Cristo. Quando se efetivar plenamente esse ideal, a cidade será sagrada: não terá templo, porque Deus habitará no meio de seu povo (Ap 21,22).

* Aíla L. Pinheiro de Andrade é membro do Instituto Religioso Nova Jerusalém. Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), onde também cursou mestrado e doutorado em Teologia Bíblica. Leciona na Faculdade Católica de Fortaleza e em diversas outras faculdades de Teologia e centros de formação pastoral.